O Banco de Portugal (BdP) emitiu um alerta crítico sobre uma modalidade de fraude bancária que tem afetado milhares de pessoas. Esta fraude ocorre predominantemente através de plataformas de homebanking, onde o IBAN do beneficiário é alterado sem o conhecimento do utilizador, desviando assim os fundos para contas controladas por criminosos.
Segundo o comunicado do BdP, o processo fraudulento é facilitado através da instalação de malware nos dispositivos eletrónicos dos utilizadores, como computadores, tablets e smartphones. Uma vez instalado, este software mal-intencionado permite que um terceiro modifique o IBAN durante o processo de transferência bancária.
O Banco de Portugal detalhou alguns sinais de alerta a que os usuários devem estar atentos. Por exemplo, se durante a realização de uma transferência a tela do dispositivo permanecer estática ou aparecer uma mensagem solicitando a instalação ou atualização de software, é provável que seja uma tentativa de fraude. Durante este período, o infrator pode estar alterando o IBAN para desviar os fundos.
O BdP aconselha todos os usuários a verificar cuidadosamente os detalhes no ecrã de confirmação da transferência e nas mensagens SMS recebidas do banco antes de autorizar qualquer operação. É crucial confirmar se o IBAN listado corresponde ao da conta destinatária que se pretende beneficiar.
Em caso de suspeita, o Banco de Portugal recomenda que se interrompa imediatamente a transação e se contacte o banco através dos canais habituais. Em situações em que o usuário avance com uma transferência sob circunstâncias duvidosas, torna-se essencial reportar o incidente às autoridades policiais e solicitar novas credenciais de acesso ao homebanking junto à instituição financeira.
O BdP enfatiza a importância de nunca clicar em links desconhecidos, abrir mensagens suspeitas, ou divulgar informações pessoais, credenciais de acesso ao homebanking, e códigos de autorização enviados pelo banco.
Esta medida preventiva é crucial para garantir a segurança dos fundos e a integridade das transações bancárias dos cidadãos, protegendo-os de possíveis fraudes e perdas económicas significativas.