O Governo escocês declarou situação de emergência habitacional no país na semana passada, enfrentando uma crise impulsionada por uma 'combinação de questões', que incluem desde a austeridade do governo do Reino Unido até as consequências do Brexit. O debate, liderado pelo Partido Trabalhista e acatado pelo Partido Nacional Escocês, que se encontra em minoria parlamentar, enfatizou o abrandamento na construção em 2023, os cortes significativos no orçamento da habitação e o aumento do número de sem-abrigos.
A secretária da Justiça Social, Shirley-Anne Somerville, apontou que será necessária uma abordagem conjunta entre os governos de Holyrood e Westminster, além das autoridades locais, para combater estes problemas habitacionais, descrevendo-os como 'questões que definem uma geração'.
Esta nova declaração, que surge em um contexto de maior fragilidade política para o governo de John Swinney, não tem efeitos práticos automáticos, mas serve como um chamado para ação urgente em um dos problemas mais prementes do país.
Os desafios são agravados pela pressão sobre os serviços sociais e aumento dos preços dos imóveis, destacados também nos debates sobre a Lei da Habitação, que promete trazer novas medidas para o controle de rendas e opções de financiamento mais inovadoras para o setor privado de arrendamento.
A resposta do governo do Reino Unido reitera que a Escócia recebe proporcionalmente mais financiamento que outras regiões, porém, a tensão entre as necessidades imediatas e os recursos disponíveis persiste.
A situação de emergência declarada em grandes cidades como Edimburgo e Glasgow já era um indicativo da gravidade da crise, que agora é reconhecida em nível nacional, despertando uma discussão essencial sobre o futuro da habitação acessível na Escócia.