A Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros (APROSE) congratulou-se com a recente medida do Governo inserida no programa “Construir Portugal: Nova estratégia para a Habitação”, que permite aos mutuários de crédito habitação a liberdade de escolher os seus provedores de seguros. Segundo a APROSE, esta mudança poderá traduzir-se numa economia média de 300 euros por ano para as famílias portuguesas.
Esta liberdade de escolha era esperada há muito pela associação, que vê nesta medida uma forma de romper com práticas menos transparentes do mercado. A possibilidade de contratar seguros sem estar vinculado ao banco credor poderá, de acordo com a APROSE, poupar entre 15 e 30 mil euros ao longo da vida dos contratos.
Um exemplo citado pela associação envolve um casal que ao optar por esta liberdade na contratação de seguros, poderia economizar cerca de 543,01 euros anuais. Estes números sugerem possíveis reduções significantes nos custos para muitas famílias, particularmente num período de juros elevados.
No passado, a APROSE já havia apontado, através de estudos, que os seguros subscritos por intermédio dos bancos poderiam custar mais do dobro do que se fossem contratados diretamente no mercado, ilustrando uma grande discrepância de preços inflacionados pela vinculação bancária.
Infelizmente, uma proposta do PSD que visava reforçar essa liberdade contratual no Orçamento do Estado para 2024, foi rejeitada pelo votos do Partido Socialista, apontando um caminho ainda incerto quanto à plena adoção desta medida liberalizadora.