Os jovens em Portugal enfrentam uma barreira significativa quando tentam entrar no mercado imobiliário, principalmente devido à necessidade de um depósito inicial substancial. No entanto, um novo plano chamado “Construir Portugal”, lançado pelo Governo da Aliança Democrática, promete mudar drasticamente este cenário.

De acordo com o plano, muitos jovens não têm capacidade para cobrir os 10% do depósito inicial, que é o mínimo exigido pela maioria dos bancos para aprovar um empréstimo habitacional. Reconhecendo este obstáculo, o governo propôs o estabelecimento de uma “garantia pública” para os jovens, permitindo-lhes financiar a totalidade do preço de compra da sua primeira habitação.

Esta medida não só facilita a vida dos jovens que sonham em comprar a sua primeira casa, mas também é benéfica para os bancos, pois reduz significativamente o risco de incumprimento, o que pode aliviar o problema de créditos malparados que muitos enfrentam. Um especialista do sector bancário destacou que, com milhões de euros de garantias estatais disponíveis, os bancos poderiam reduzir a necessidade de constituir provisões nos seus balanços, aumentando assim a rentabilidade dessas operações hipotecárias.

Porém, ainda existem questões pendentes sobre os limites de valor das propriedades que podem ser adquiridas sob este novo regime e se haverá alguma restrição relacionada com a idade dos compradores. Atualmente, condições semelhantes como a isenção de IMT estão limitadas a imóveis até 316 mil euros para jovens até aos 35 anos.

Em conclusão, se estas medidas forem implementadas como planeado, poderão representar uma mudança significativa no acesso ao crédito habitação para jovens em Portugal, proporcionando não apenas um impulso significativo para o mercado imobiliário mas também para a economia em geral, dado o aumento previsto na procura de habitação.