O indicador de confiança dos consumidores registou uma queda em maio, interrompendo uma tendência de crescimento observada nos cinco meses anteriores. Em abril, este indicador havia alcançado o seu maior valor desde fevereiro de 2022. Esta mudança sugere uma alteração significativa nas perceções e expectativas dos consumidores portugueses.
De acordo com a análise do Instituto Nacional de Estatística (INE), observou-se um decréscimo marcado nas opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços, contrastando com o aumento ocorrido em abril. Adicionalmente, embora tenha havido um leve aumento nas perspetivas relativas à evolução futura dos preços nos últimos dois meses, este foi tênue em maio, seguindo-se a descidas nos meses de fevereiro e março.
Simultaneamente, o indicador de clima económico mostrou um comportamento inverso, registando um aumento em maio, após uma diminuição no mês anterior. Este indicador é crucial para entender a confiança geral na economia, influenciando tanto consumidores quanto empresários.
Nas várias áreas da atividade económica, observaram-se comportamentos distintos. Na Indústria Transformadora, na Construção e Obras Públicas, e, ligeiramente, no Comércio, o índice de confiança subiu. No entanto, notou-se uma redução no setor dos Serviços. Importante destacar também que o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução dos preços de venda diminuiu em alguns setores em maio, embora tenha aumentado no sector dos Serviços depois de uma queda entre fevereiro e abril.
Esta variação nos indicadores é um reflexo complexo das dinâmicas económicas e será monitorada de perto nos próximos meses para avaliar a robustez e a direção futura da economia portuguesa.